Aliviada minha revolta do post anterior, volto aqui cheia de amor no coração pra assumir o meu amor pela minha profissão (até rimou ♡). Talvez seja por isso mesmo que certas coisas me deixem tão indignada.
Assim como a grande maioria das meninas da área da Moda, desde bem pequena, da época das Barbies, sempre gostei daquela coisa das encantadas roupinhas de boneca. Minhas brincadeiras eram, basicamente, trocar as bonecas de roupa infinitamente. Eu tinha paixão por vestido de noiva, aquela coisa imensa, pomposa! Mas nunca tive grandes idealizações em me ver de noiva ou algo do gênero. Só há poucos anos fui assimilar e entender que o vestido de noiva me encantava pela sua grandeza – era um vestido importante, digamos – e não pelo casamento em si.
Vejo a Moda como um mundo imenso, concreto, imaginário, infinito, transversal, multidisciplinar e colorido. E nessa infinidade de possibilidades, tudo que envolve pesquisa me encanta! Desde pesquisar novas ideias, tecidos, cores, digamos.. pesquisar as “células” que se transformam em roupa; até pesquisar como as pessoas se comportam com esse “organismo roupa”. Essa coisa dos bastidores, construir, gerar e ver seu “filho” ser apresentado, seja numa arara de loja ou em um filme independente (sim, já fiz o figurino de um com algumas amigas), isso faz meus olhos brilharem, meu coração aquecer no conforto de um orgulho de ter construído “aquilo”.
Quando comento com alguém sobre essa construção, essa gestação de um trabalho, e a pessoa entende isso como perda de tempo, eu sinto como se chutassem a cabeça do m
eu filho – e olha, que eu ainda nem tenho um bebê. Dá raiva, revolta, vontade de chorar… Um misto de sentimentos de decepção.
Eu defendo a Moda não só pelo amor a minha profissão, mas pela sua importância, significância, tão grande e complexa que até hoje ninguém conseguiu definir um conceito de fato. E quer saber? Nem vai. A riqueza e relevância da Moda é isso, essa variedade infinita de outras áreas que ela se cruza, a Moda é orgânica.
Moda pode ser roupa, sapato, cor, cabelo, unhas, Design, comportamento, música, novela, História, decoração, Arte, Jornalismo, gírias, gestos, esporte, Sociologia, humor, linguagem, consumo, estilo, Ciências Sociais, imagens, Semiótica, comida, Antropologia… Moda pode ser ele, você, eu, nós.
Se você não entende, ok. Mas seja educado e, ao menos, respeite.
Hoje acordei assim, apaixonada ;)